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Década de 1900 a 1909

Esta época é conhecida, especialmente na Inglaterra, como Era Eduardiana, devido ao sucessor da rainha Vitória da Inglaterra, Edward e La Belle époque (Bela época) pelos franceses. Esta década mantém fortes características do final do século XIX, época de roupas de luxo refinado. Vivi-se uma grande revolução cultural da sociedade, marcada pelo fortalecimento da alta costura( Peças exclusivas com alto grau de elaboração, que teve início em Paris) na transição do Séc. X para o Séc. XX.
No início de 1900, para ser considerada de bom gosto, a moda necessitava do uso de cores pastéis, leves e suaves. As cores vigentes eram o rosa pálido, o azul claro, o malva e o preto, que, quando usado, era recoberto de lantejoulas adquirindo muito brilho. As mulheres do início do século XX faziam o possível e o impossível para demonstrar fragilidade. Comparando-se a delicadas flores, podiam fenecer em poucos segundos se algo lhes ferisse a sensibilidade. A palidez era imprescindível. Para se atingir este objetivo, tudo era válido, inclusive tomar vinagre e se esconder do sol e do ar fresco. Bronzeado, então, nem pensar, era o supra-sumo da vulgaridade. As cores das roupas refletiam esta postura. Além dos tons suaves, estavam muito em voga as estampas florais. Estas compunham-se com sapatos, pequenas bolsas e chapéus.


Figura 1 Figura 2

O cabelo era considerado a coroa de glória da mulher. Sempre longo e abundante, era muito comum o uso de apliques para se obter este efeito. No seu afã de parecerem sempre jovens e naturais, os cabelos eram tingidos e as ondas eram um must. Em 1908, Marcel de France introduziu o Marcel wave, uma nova técnica de encrespar os cabelos com a ajuda de ferros quentes, técnica esta que passou a competir com a permanente, inventada em 1906 por Charles Nestle que, com a ajuda de uma máquina elétrica e eletrodos ligados às cabeças extremamente corajosas criava o ondeado permanente dos cabelos.

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Enquanto consideradas jovens, as mulheres seguiam a moda, após passarem a ser consideradas "senhoras" passavam a ditar a moda. As líderes da moda até o início do século XX eram as matronas senhoras de meia idade. O uso de cosméticos era bastante comum, porém jamais anunciado. Podia-se usar, mas nunca anunciar. Umas das raras exceções a esta regra ficou por conta da rainha Alexandra, quem exibia com muito orgulho suas faces maquiadas, o que causava grande choque e consternação à sociedade da época.


Belle Époque
O período entre o fim do século XIX e a Primeira Guerra Mundial é conhecido por Belle Époque. O nome vem da França, a qual estava passando por tempos muito bons, de paz, prosperidade e ostentação. Isto por que a revolução social e industrial iniciada no inicio do século XIX estava dando resultados, “novas invenções tornavam a vida mais fácil em todos os níveis sociais, e a cena cultural estava em efervescência: cabarés, o cancan e o cinema haviam nascido e a arte tomava novas formas com o Impressionismo e a Art Nouveau.”
No início do século xx, uma frenética série de espetaculares avanços tecnológicos causava impacto na sociedade. O motor de combustão interna, o motor elétrico e os rudimentos da telecomunicação permitiram que os fabricantes aspirassem a níveis de eficiência outrora inimagináveis. Artigos anteriormente fabricados à mão agora podiam ser feitos de modo mais rápido e barato pela máquina, solapando o papel do artesanato. A máquina também estava revolucionando o mundo doméstico e, com o advento do rádio, do telefone e da televisão, viria a redefinir complemente o termo comunicação no lar e no trabalho. A linha de montagem acelerou drasticamente a produção de veículos, tornando o carro a motor acessível a um mercado muito mais amplo. Em 1903, os irmãos Wright realizaram um sonho acalentado há milênios: num biplano a gasolina, voaram a distância de 40 metros. Apenas seis anos depois, Lours Blériot voaria 42 quilômetros em seu monoplano, da França até a Inglaterra pelo Canal da Mancha. Em trinta anos, haveria vôos regulares que cruzariam o mundo levando a bordo quem pudesse pagar por eles.



Figura 4


Arte Noveau
Em 1900, o movimento dominante da década, a Arte Nova, estava já implementado. Tinha nascido do Movimento das Artes e dos Ofícios e do movimento estético do século XlX, mas os seus seguidores estavam muito mais interessados na utilização de materiais novos e na produção em massa do que os adeptos do movimento das Artes e dos Ofícios. Embora também se servissem do passado, repartiam o entusiasmo com o futuro, o que os distinguia do movimento precedente. O seu nome deriva da loja do negociante de arte Samuel Bing, L' Art Nouveau, que foi inaugurada em Paris, em 1895. Designers notáveis de toda a Europa foram convidados a expôr aí as suas obras, como o belga Henry van de Velde (mobiliário), o americano Louis Comfort Tiffany (artigos de vidro) e os franceses Emille Gallé (artigos de vidro) e René Lalique. Este último foi um dos expoentes máximos da Arte Nova. A sua joalharia requintada, muitas vezes tendo como motivos plantas e insectos, utilizava vidro, pedras semipreciosas e ouro.Embora a arte nova se desenvolvesse de formas idiossincráticas em muitos países (aparentava-se com o Jungenstil, na Alemanha, a Secessão, na Aústria, e o Estilo Liberdade, em Itália), o seu estilo orgânico e fluído é facilmente identificado. A característica dominante é a curvatura que domina tanto a forma como a decoração do objeto. A sua fluidez orgânica foi inspirada na natureza, particularmente na vida das plantas.Encontram-se neste estilo também referências às tradições do passado, como a arte celta e o Rococó. A arte nova pode ser interpretada tanto de forma naturalista como abstracta e os seus princípios podem ser aplicados ao design de qualquer coisa, desde o arquitectura à joalharia. As obras mais importantes foram realizadas na França, Bélgica, Áustria e na Escócia.


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Paul Poiret – O primeiro estilista
Ele foi revolucionário na sua época levando seu estilo de vida e suas criações para toda uma sociedade. Apesar de ter morrido falido e esquecido, Poiret será para sempre lembrado como o primeiro grande estilista.A moda vai e vem e, por se tratar de um reflexo da época que vivemos, da sociedade onde nos inserimos e, por conseqüência refletir as questões culturais, sociais e econômicas é que percebemos mudanças freqüentes e que vão inclusive revisitar momentos que já foram assimilados e que podem nos fornecer algum tipo de referência para vivenciar a época atual. Assim é agora e assim foi no passado.Aqueles que têm sensibilidade para perceber essas referências de forma antecipada são grandes artistas. De qualquer forma, essas visitas a outros momentos é sempre cercada por atualizações. Não se vivencia como no passado.
Em meados da primeira década de 1900, Paul Poiret, revoluciona a moda deslocando a cintura para baixo dos seios, desapertando a silhueta formal e eliminando o espartilho, trazendo assim um novo conceito de moda pautado no conforto e no luxo dos tecidos leves.

-Criou a silhueta Império ou Diretório (pois buscou inspiração no séc.XVIII);- Reduziu o n. de roupas íntimas;- Abandonou os excessos de tecidos e de detalhes;- Criou vestidos mais simples e sensuais, valorizando a silhueta feminina;- Uso de cores fortes e bibrantes;- Foi o primeiro a desenvolver um perfume com sua marca;- Foi o primeiro a realizar desfiles nas capitais europeias;- Lançou a cinta- liga, meias cor de pele, e sutians modernos;- Criou o estilo oriental: vestidos longos, com modelagem simples porém ricos em textura, elegantes e com cores fortes e vibrantes (vermelho e amarelo) Uso de turbantes, enfeites ou pluma, pele. Pérolas e lenços e estampas.- Tecidos Usados: cetim, seda, veludo, algodão, chifon, lã.


Figura 6 – Paul Poiret (1879 -1944) em seu atelier



Silhueta em S
A mulher da moda no início da década de 1900, era encerrada em várias camadas de roupa de baixo: primeiro vinham a chemise e os calções ou combinações, em seguida vinha o espartilho (que definia a forma, ditava a postura e as linhas das roupas exteriores). Houve até um movimento de reforma da moda, que contava com médicos entre seus membros, mas boa parte da corrente principal da moda ignorou o movimento desde seu início, na década de 1850, até seu fim, no início do século XX. A silhueta de curva em S, que caracterizou o início da década de 1900, estava garantida pelo negócio lucrativo que era a produção de espartilhos. Os espartilhos em sua maioria incorporavam suspensórios elásticos ou ligas de meia-calça que seguravam uma variedade de meias combinadas cuidadosamente com cada conjunto. Os pequenos “etecéteras da moda”, como eram chamados os acessórios, eram luvas, peles, leques e sapatos de biqueira amendoada. Um guarda-chuva, sombrinha ou bengala, longos e esguios muitas vezes davam o toque final.

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Conclusão

No século XX assistiu-se uma mudança notável na maneira como um vasto número de pessoa vivia, como resutaltdo de inovações tecnológicas, médicas, sociais, ideológicas e políticas.. Termos como ideologia guerra mundial, genócidio, moda e guerra nuclear entrataram em uso comum e tornaram-se uma influência na vida cotidiana das pessoas. Acima de tudo o século XX foi uma grande revolução em todos os aspectos, claro que sempre apontando os aspectos críticos, foi uma década de muita devastação humana. A moda em geral foi e sempre será lembrada de um século de grande influência, e de referência pra a sociedade atual, trazendo grandes tendências, estilos, tribos, etc. A moda esta sempre no cotidiano repleto de grandes enovações, pois tudo o que se vê hoje na atualidade e devido, a música, a rte, sendo que a história do mundo e da moda está relacionado a grandes mentes que hoje são grande espelhos para o mundo moderno.




Referencias Bibliográficas

Internet:
http://wwwdesigndemoda1900.blogspot.com/
http://www2.uol.com.br/modabrasil/forcas_moda/cores_fashion/index2.htm

GRANGE, Kenneth. Design do século: O livro do design do século XX.
São Paulo: Ática, 1997.
LAVER, James. A roupa e a moda: uma história concisa. São Paulo: Cia
das Letras, 1997.
BAUDOT, François. A Moda do século. São Paulo: Cosac & Naify edições,
2002.